segunda-feira, 14 de julho de 2014

O Modelo dos Modelos

A partir da leitura do texto acima citado, observamos  principio a regra de Palomar em busca da perfeição para que tudo se desenvolvesse com perfeição, mas ao verificar o modelo que havia criado aplicando a regra, percebeu que o mesmo teria que sofrer alterações constantemente.
Então Sr. Palomar foi aos poucos fazendos mudanças, tendo em vista que seu modelo e a realidade não coincidiam.
Sendo assim Palomar se deparando com as diferenças, concluiu que o modelo almejado não poderia ser construído com base no "sim ou no não", e que deve existir o "mas".
Diante da conclusão de Palomar e comparando os objetivos do AEE com seus alunos, destacamos a valorização que damos ás peculiaridades de cada um, aproveitando e encontrando práticas que eliminem barreiras e evidenciem suas potencialidades, almejando sempre o bem estar social e sua autonomia. O  AEE se destaca no desenvolvimento do aluno justamente por não padronizar regras e trabalhar as possibilidades do "mas", respeitando as limitações e ser capaz de trabalhar as singularidades buscando e elaborando recursos para o desenvolvimento conforme a individualidade de cada aluno.


Referências:
CALVINO Ítalo.O Modelo dos Modelos, UFC,2014.

domingo, 8 de junho de 2014


A área da tecnologia assistiva que se destina especificamente à ampliação de habilidades de comunicação é denominada de Comunicação Alternativa (CA). A comunicação alternativa destina-se a pessoas sem fala ou sem escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade de falar e/ou escrever.
A CA pode acontecer sem auxílios externos e, neste caso, ela valoriza a expressão do sujeito, a partir de outros canais de comunicação diferentes da fala: gestos, sons, expressões faciais e corporais podem ser utilizados e identificados socialmente para manifestar desejos, necessidades, opiniões, posicionamentos, tais como: sim, não, olá, tchau, banheiro, estou bem, sinto dor, quero (determinada coisa para a qual estou apontando), estou com fome e outros conteúdos de comunicação necessários no cotidiano.
Com o objetivo de ampliar ainda mais o repertório comunicativo que envolve habilidades de expressão e compreensão, são organizados e construídos auxílios externos como cartões de comunicação, pranchas de comunicação, pranchas alfabéticas e de palavras, vocalizadores ou o próprio computador que, por meio de software específico, pode tornar-se uma ferramenta poderosa de voz e comunicação. Os recursos de comunicação de cada pessoa são construídos de forma totalmente personalizada e levam em consideração várias características que atendem às necessidades deste usuário.
O termo Comunicação Aumentativa e Alternativa foi traduzido do inglês Augmentative and Alternative Communication - AAC. Além do termo resumido "Comunicação Alternativa", no Brasil encontramos também as terminologias "Comunicação Ampliada e Alternativa - CAA" e "Comunicação Suplementar e Alternativa - CSA".
Cartões de comunicação 

Descrição de imagem:
A imagem apresenta vários cartões de comunicação com símbolos gráficos representativos de mensagens. Os cartões estão organizados por categorias de símbolos e cada categoria se distingue por apresentar uma cor de moldura diferente: cor de rosa são os cumprimentos e demais expressões sociais, (visualiza-se o símbolo "tchau"); amarelo são os sujeitos, (visualiza-se o símbolo "mãe"); verde são os verbos (visualiza-se o símbolo "desenhar") ; laranja são os substantivos (visualiza-se o símbolo "perna"), azuis são os adjetivos (visualiza-se o símbolo "gostoso") e branco são símbolos diversos que não se enquadram nas categorias anteriormente citadas (visualiza-se o símbolo "fora").


Prancha de
comunicação símbolo, fotos ou figuras

Descrição de imagem:
Uma pasta do tipo arquivo, contendo várias páginas de sacos plásticos transparentes está sobre o colo de um usuário de CA. Cada página representa uma prancha de comunicação temática e na imagem visualiza-se a prancha com o tema "animais".











Prancha de comunicação alfabética

Descrição de imagem:
Sobre uma mesa está uma pasta de comunicação e nela, há uma prancha que contém as letras do alfabeto e os números. O usuário está apontando o dedo indicador na letra "X".








Referência: SARTORETTO, Maria Lúcia e BERSCH, Rita - 014.ASSISTIVA, Tecnologia e Educação.

domingo, 27 de abril de 2014

AEE2014 – MS Campo Grande
Cursista: Rosangela Aquino Ramires
Surdocegueira e Deficiência Múltipla

Tanto a Surdocegueira quanto a Deficiência Múltipla apresentam na pessoa uma dificuldade de se comunicar.(Rowland e Schweiger – 2013).
Considera-se uma criança com múltipla deficiência sensorial aquela que apresenta deficiência visual e auditiva associadas a outras condições de comportamento e comprometimentos, sejam elas na área física, intelectual ou emocional e dificuldades de aprendizagem. Quase sempre, os canais da visão e audição não são os únicos afetados, mas também outros sistemas, como o sistema tátil, equilíbrio e outros, (Perreault, 2002).
Já a criança surdocega não é uma criança surda que não pode ver e nem um cego que não pode ouvir. Não se trata de simples somatória de surdez e cegueira, nem é só um problema de comunicação e percepção, ainda que englobe todos esses fatores e alguns mais. (Mchnnes & Treffy, 1991). Quando a visão e audição estão gravemente comprometidas, os problemas relacionados à aprendizagem dos comportamentos socialmente aceitos e a adaptação ao meio se multiplicam. A falta dessas percepções limita a criança surdocega na antecipação do que vai ocorrer a sua volta.
Vale ressaltar o que Vigotsky (1995) e Salomon (2002) concluíram que é necessário que os estímulos proporcionados sejam apropriados á singularidade de cada criança. Telford &Sawrey (1976), destacam a importância de despertar na criança, por meio de outros canais sensoriais o desejo de aprender.

Referências:
portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/surdosegueira.2006.Dificuldades de Comunicação e Sinalização – Surdocegueira/Múltipla Deficiência Sensorial.

ROWLAND Charity e SCHEWEIGERT Philip – Soluções Tangíveis  para Indivíduos com Deficiência Múltipla e ou com Surdocegueira. Apostila Inmimeo. Tradução Acess. Revisão : Sirley R. Maia- 2013.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Educação Escolar de Pessoa com Surdez
T26a
Cursista - Rosangela Aquino Ramires

Estudar a educação escolar das pessoas com surdez, nos fez refletir sobre o quanto já se avançou no tratamento seja ela no âmbito escolar ou sociedade com um todo quando falamos sobre " Educação para pessoas com surdez". há muito o que superar pois as barreiras não estão somente na educação escolar mas com o preconceito existente. As pessoas com surdez enfrentam inúmeros entraves para participar da educação escolar, e Alves reforça este fato quando expõe afirmando que " muitos desafios precisam ser enfrentados e as propostas educacionais devem ser revistas condizendo a uma tomada de posição que resulte em novas práticas de ensino e aprendizagem consistentes e produtivas. As tendências de educação escolar para pessoas com surdez centram-se ora na inserção desses alunos na escola comum e/ou em suas classes especiais, ora na escola especial de surdos. Não podemos deixar de lado a existência das três tendências educacionais: a oralista, a comunicação total e a abordagem por meio do bilinguismo. As práticas pedagógicas constituem o maior problema na escolarização das pessoas com surdez. Torna-se urgente repensar essas práticas para que os alunos com surdez não acreditem que suas dificuldades para o domínio da leitura e da escrita são advindas dos limites que a surdez lhes impõe, mas principalmente pelas metodologias adotadas para ensiná-los. Na perspectiva inclusiva da educação de pessoa com surdez, o bilinguismo que se propõe é aquele que destaca a liberdade de o aluno se expressar em uma ou em outra língua e de participar de um ambiente escolar que desafie seu pensamento e exercite sua capacidade perceptivo-cognitivo, suas habilidades para atuar e interagir em um mundo social que é de todos, considerando as diferenças entre as pessoas. O AEE para alunos com surdez, na perspectiva inclusiva, estabelece como ponto de partida a compreensão e o reconhecimento do potencial e das capacidades dessa pessoas, vislumbrando o seu pleno desenvolvimento e aprendizagem. O AEE deve ser visto como uma construção e reconstrução de experiências e vivências conceituais, em que a organização do conteúdo curricular não deve ser pautada numa visão linear, hierarquizada e fragmentada do conhecimento. O conhecimento precisa ser compreendido como uma teia de relações na qual as informações se processam como instrumento de interlocução e de diálogo.

Referências: ALVES, Carla Barbosa. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: Abordagem Bilíngue na Escolarização de Pessoas com Surdez. Brasília-MEC, Secretaria de Educação Especial: [Fortaleza]:UFC-2010. DAMÁZIO, Mirlene Ferreira Macedo. Atendimento Educacional Especializado. Pessoa com Surdez.portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee